Tudo o que você precisa sobre famílias eternas 

Famílias eternas é um dos princípios mais importantes ensinados pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Sentimos esperança e propósito ao aprender que os laços familiares podem ser para sempre. 

Ter uma família é um presente de Deus, e os laços que criamos com nossos familiares podem ir além da vida na Terra. Neste guia vamos explorar os fundamentos e tudo o que precisamos saber sobre como podemos viver em família para sempre. Veja o que vamos falar sobre as famílias eternas:

• Fazemos parte da família de Deus
• O casamento eterno e o papel dos templos
• O Plano de Salvação
• A família na sociedade
• Esperança para famílias em situações difíceis
• A importância da genealogia e da história da família

Fazemos parte da família de Deus

Somos filhos e filhas de Deus. Ele é o nosso Pai e Criador e por isso possuímos uma natureza divina. Em um documento intitulado “Família: Proclamação ao Mundo” lemos:

“Todos os seres humanos — homem e mulher — foram criados à imagem de Deus. Cada indivíduo é um filho (ou filha) gerado em espírito por pais celestiais que o amam e, como tal, possui natureza e destino divinos.”

A família foi instituída por Deus e tem um papel sagrado e eterno. “A família é a unidade básica da sociedade e da Igreja”. E é nela que aprendemos sobre amor, fé, serviço e responsabilidade. 

O casamento eterno e o papel dos templos

Os membros da Igreja de Jesus Cristo, quando encontram uma pessoa especial, têm a oportunidade de ser casados para o tempo e a eternidade em uma cerimônia sagrada realizada nos templos da Igreja.

Diferente de um casamento civil, o casamento eterno une marido e mulher para sempre, e não apenas “até que a morte os separe”. Esse casamento é chamado de selamento e é feito por alguém que possui a autoridade do sacerdócio, e é visto como o primeiro passo para a construção de uma família eterna. 

O poder para realizar essa ordenança vem das chaves do sacerdócio, concedidas por Deus para ligar coisas na terra e no céu. Jesus ensinou a importância dessa autoridade em Mateus 16:19: 

“E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.” 

Para os santos dos últimos dias, esse poder de selamento garante que casamentos realizados no templo podem continuar após a morte, se os cônjuges permanecerem fiéis.

O Plano de Salvação

Para que nós pudéssemos evoluir, Deus criou um plano conhecido como Plano de Felicidade ou Plano de Salvação. Esse plano responde de onde viemos, por que estamos aqui e para onde iremos. 

Para os Santos dos Últimos Dias, a mortalidade é uma fase de aprendizado e crescimento, onde cada pessoa desenvolve seu caráter e constrói relacionamentos que podem durar para sempre. No Livro de Mórmon, lemos sobre a alegria que o plano de Deus proporciona em 2 Néfi 2:25: 

“Adão caiu para que os homens existissem; e os homens existem para que tenham alegria.”

A maior alegria é que podemos sentir que está dentro dos laços familiares, onde amor, serviço e fé são cultivados. Essa perspectiva nos lembra que o propósito da vida é prepararmo-nos para uma existência eterna, onde continuaremos unidos a nossos entes queridos.

Acreditamos que após esta vida haverá uma ressurreição, onde seremos reunidos com aqueles que amamos, se formos fiéis aos ensinamentos de Deus. Esse conceito oferece conforto e esperança em tempos de perda, pois sabemos que a separação é temporária.

A família na sociedade

O ensinamento de que as famílias são eternas não beneficia apenas os membros da Igreja de Jesus Cristo, mas também a sociedade. Famílias unidas e fortes tendem a contribuir para comunidades mais saudáveis e estáveis, onde valores como amor, respeito e honestidade são ensinados.

A Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos nos fazem o seguinte convite:

“Conclamamos os cidadãos e governantes responsáveis de todo o mundo a promoverem as medidas designadas para manter e fortalecer a família como a unidade fundamental da sociedade”.

No manual A Família Eterna, lemos as seguintes ideias de como podemos cumprir nosso  papel na sociedade :

• Trabalhe para fortalecer sua própria família.
• Descubra os problemas que ameaçam a família onde você mora.
• Apoie ou defenda líderes políticos, organizações e normas públicas que promovam a família.
• Use as mídias sociais para promover valores familiares positivos.
• Procure oportunidades de compartilhar os ensinamentos do evangelho e seus sentimentos sobre a família.

Esperança para famílias em situações difíceis

Nem todas as famílias são perfeitas, e a Igreja reconhece que desafios como divórcio, falecimento de um ente querido e famílias mistas são parte da vida. Deus conhece cada coração e cada situação, por isso podemos ter certeza de que Ele sempre fará o melhor para nós. 

Se a sua família enfrenta situações difíceis, confie em Deus e tenha fé de que Ele vai cumprir com as promessas que fez para você. Quando nos esforçarmos para viver o evangelho e orarmos por orientação, podemos encontrar paz e cura. Jesus Cristo nos assegura em João 14:18: 

“Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.” 

Este versículo é uma fonte de conforto e uma lembrança de que Deus está presente em todos os momentos da nossa vida, incluindo as fases mais desafiadoras. Em 2022, o Élder Gerrit W. Gong ensinou:

“Assim como as alegrias vêm em família, as tristezas também. Nenhuma pessoa é perfeita, assim como nenhuma família. Quando as pessoas que deveriam nos amar, nutrir e proteger deixam de fazê-lo, nós nos sentimos abandonados, envergonhados e magoados. A família pode se tornar desestruturada. No entanto, com a ajuda do céu, podemos compreender nossa família e fazer as pazes uns com os outros.”

A importância da genealogia e da história da família

A genealogia faz parte da vida de um Santo dos Últimos Dias. Somos incentivados a fazer nossa árvore genealógica e a conhecer nossos antepassados. Assim, temos a oportunidade de realizar ordenanças vicárias por nossos familiares já falecidos, como o batismo e o selamento. 

Essas ordenanças possibilitam que aqueles que já faleceram tenham a chance de aceitar o evangelho.Esse trabalho conecta gerações e permite que laços eternos sejam formados. O Élder Gong também ensinou:

“Quando perguntadas sobre o significado da vida, a maioria das pessoas classifica a família em primeiro lugar. Isso inclui familiares vivos e os que já se foram. É evidente que, quando morremos, não deixamos de existir. Continuamos a viver do outro lado do véu. Como ainda permanecem vivos, nossos antepassados merecem ser lembrados.”

Ele continua:

“Conectar-se com nossos antepassados pode mudar nossa vida de formas surpreendentes. Por meio das provações e realizações que eles vivenciaram, adquirimos fé e força. Por meio do amor e dos sacrifícios deles, aprendemos a perdoar e a seguir em frente. Nossos filhos se tornam resilientes. Adquirimos proteção e poder. Os laços com os antepassados aumentam a proximidade familiar, a gratidão e os milagres. Esses laços podem trazer ajuda do outro lado do véu.”

Ter um testemunho de que as famílias podem ser eternas é uma das ternas misericórdias mais queridas para todos os filhos de Deus. Ter esse conhecimento traz esperança, propósito e paz, especialmente em momentos de perda ou dificuldade. Para os membros da Igreja, essa promessa eterna inspira uma vida de fé, amor e serviço.

Ao seguirem os ensinamentos de Jesus Cristo e cumprirem seus convênios, os santos dos últimos dias têm a certeza de que estarão com suas famílias para sempre, vivendo a plenitude do amor de Deus.

Veja também: A Bíblia afirma que não existe casamento após a morte?

Posto original de Maisfé.org