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Doutrina ou opinião: como saber o que é a palavra de Deus

Quando estudamos algumas partes da história dos Santos dos Últimos Dias, de vez em quando, nos deparamos com declarações de ou sobre líderes passados que podem parecer um pouco surpreendentes. Essas declarações também não coincidem com o que ouvimos na Igreja aos domingos.

Então, o que podemos fazer quando encontramos essas afirmações e como podemos diferenciar o que é opinião e o que é doutrina?

Há algumas perguntas preliminares que devemos resolver imediatamente. Qual foi o contexto da declaração? Quem era o público? Alguma vez foi alegado ser uma revelação de Deus ou isso era apenas uma especulação existencial?

Verifique a confiabilidade da fonte e o contexto textual e cultural da declaração. No site da Igreja, somos lembrados que:

“Nem toda declaração feita por um líder da Igreja, passado ou presente, constitui necessariamente doutrina.”

Em 2012, o Élder Neil A. Andersen ensinou:

“Alguns questionam sua fé quando encontram uma declaração feita por um líder da Igreja, há várias décadas, que parece incongruente com nossa doutrina. Há um princípio importante que governa a doutrina da Igreja. A doutrina é ensinada por todos os 15 membros da Primeira Presidência e do Quórum dos Doze. Não está oculta num obscuro parágrafo de um discurso. Os princípios verdadeiros são ensinados frequentemente por muitos. Nossa doutrina não é difícil de achar.”

Falar em nome do Senhor

Em uma edição de 1892 do Young Women’s Journal relatou que Joseph Smith acreditava que a lua era habitada por homens e mulheres que se vestiam como Quakers e tinham uma vida muito longa.

Uma declaração estranha, duvidosa, feita por uma terceira pessoa e onde que não há provas de que ele realmente fez tal afirmação.

Contudo, para ajudar a entender essa declaração, veja essa resposta esclarecedora do renomado químico Santo dos Últimos Dias, Dr. Henry Eyring (pai do Presidente Henry B. Eyring) feita em 1957:

“Não sei se [Joseph Smith] disse que homens vivem na lua ou não. Mas se ele disse ou não, isso não me preocupa nem um pouco. Um profeta é maravilhoso porque às vezes fala pelo Senhor. Isso ocorre em certas ocasiões quando o Senhor assim o deseja. Em outras ocasiões, ele fala por si mesmo, e uma das doutrinas maravilhosas desta Igreja é que não acreditamos na infalibilidade de nenhum mortal. Se em suas especulações ele pensava que havia pessoas na lua, isso não afeta minha crença de que, em outras ocasiões, quando o Senhor desejou, ele falou as ideias que o Senhor o inspirou a dizer. É por esses momentos de percepção penetrante que eu o honro e o sigo.”

Reconhecer a palavra de Deus

Mas, digamos que você se depare com algumas declarações estranhas enquanto lê algo menos estranho, como o livro de Élder Spencer W. Kimball, “O Milagre do Perdão”, ou “Respostas a Perguntas do Evangelho”, de Joseph Fielding Smith. Então, o que você faz?

Esses livros são autoritativos? Bem, um pouco ironicamente, aqui está o que Joseph Fielding Smith escreveu sobre o assunto:

“Não faz diferença o que está escrito ou o que alguém disse, se o que foi dito está em conflito com o que o Senhor revelou, podemos deixar de lado. Minhas palavras e os ensinamentos de qualquer outro membro da Igreja, alto ou baixo, se não estiverem de acordo com as revelações, não precisamos aceitá-los. … Você não pode aceitar os livros escritos pelas autoridades da Igreja como padrões de doutrina, apenas na medida em que concordem com a palavra revelada nas obras padrão. Todo homem que escreve é responsável, não a Igreja, pelo que escreve. Se Joseph Fielding Smith escreve algo que está em desarmonia com as revelações, então cada membro da Igreja tem o dever de rejeitá-lo.”

Harold B. Lee ensinou algo semelhante:

“Seria prudente lembrar que, embora apoiemos nossos líderes como profetas de Deus, isso não significa que eles sejam oniscientes”.

Examinar as palavras dos profetas

Em 2017, o Presidente M. Russell Ballard disse:

“Às vezes me preocupo que os membros esperem demais dos líderes e professores da Igreja—esperando que sejam especialistas em assuntos muito além de seus deveres e responsabilidades.” “…é importante lembrar que sou uma Autoridade Geral, mas isso não me torna uma autoridade em geral! Meu chamado e experiências de vida me permitem responder a certos tipos de perguntas. Existem outros tipos de perguntas que exigem um especialista em um assunto específico….”

E se você tiver dúvidas, não se esqueça de incluir Deus nessa busca. Brigham Young ensinou:

“Tenho mais medo de que este povo tenha tanta confiança em seus líderes que não perguntem a Deus por si mesmos se estão sendo guiados por Ele …Que cada homem e mulher saibam, pelo sussurro do Espírito de Deus para si mesmos, se seus líderes estão andando no caminho que o Senhor dita, ou não.”

Então, quando você se deparar com declarações surpreendentes, percorra todas essas perguntas preliminares e depois considere esses fatores:

Consistência: Isso se harmoniza bem com as escrituras?

Unidade: A Primeira Presidência e o Quórum dos Doze estão de acordo sobre o assunto?

Frequência: Isso é algo que está sendo ensinado frequentemente em ambientes públicos?

Divindade: O que Deus tem a dizer sobre isso?

Quando você passar essas declarações por esses filtros, muita confusão e controvérsia vão desaparecer.

Fonte: Saints Unscripted

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