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Se o conhecimento é libertador, por que tendemos a nos afastar dele?

Em diversas ocasiões ao longo de nossa história, nos flagramos fixando o olhar no ponteiro do relógio, ansiando pelo rápido avanço do tempo naquele instante. Seja durante aulas, reuniões ou mesmo em momentos de solidão, a tendência de nos entediarmos e nos sentirmos ociosos se faz presente com surpreendente facilidade.

Contudo, isso nos impede de enxergar as oportunidades de crescimento e aquisição de sabedoria que estão ao nosso alcance. Por vezes, nos tornamos “cegos” para aquilo que poderia ser altamente benéfico para nosso desenvolvimento pessoal.

Em principal, a preguiça de nosso corpo

Em Doutrina e Convênios podemos encontrar:

“E se nesta vida uma pessoa, por sua diligência e obediência, adquirir mais conhecimento e inteligência do que outra, ela terá tanto mais vantagem no mundo futuro.” (D&C 130:19)

Como seres humanos, somos naturalmente imperfeitos, o que nos leva a buscar satisfação imediata e gratificação. Isso muitas vezes resulta em um desejo por ações que exijam pouco esforço, mas proporcionem prazer ou alívio passageiro, deixando-nos insaciáveis. No entanto, é importante compreender que essa busca incessante não é sustentável a longo prazo.

Tomemos o exemplo de um aluno em sala de aula. Em vez de se envolver na exploração do conhecimento compartilhado pelo professor de história sobre o passado, o aluno muitas vezes prefere distrair-se com o celular. Contudo, devemos lembrar que todo conhecimento adquirido ao longo da vida possui um valor muito alto, não apenas para esta vida mas para a próxima também.

O esforço gera recompensa, a ociosidade gera nada

O esforço dedicado à busca, aprendizado, compreensão e até mesmo ao ato de ensinar é inegavelmente desgastante. A preferência pela zona de conforto é uma tentação, entretanto é crucial reconhecer que o crescimento pessoal raramente ocorre sem atravessar desafios. É frequente a ideia equivocada de que aqueles que são famosos por serem inteligentes e sábios foram agraciados pela “sorte”. Só que é raro que essas pessoas não tenham enfrentado o cansaço, o medo, a melancolia e até mesmo a ira em sua jornada.

As recentes gerações atravessaram e continuam a percorrer um mundo onde a tendência é evitar o que é desafiador, e essa mentalidade está sendo ensinada e buscada. No entanto, não viemos a este mundo com a intenção de permanecer estáticos, sem propósito e ação. Sem dúvida, cada um de nós abriga sonhos e anseios, um que são as magníficas bençãos concedidas por Deus. Todavia, é preciso tomar a iniciativa, adquirir conhecimento e empenhar-se incansavelmente para desterrar todo vestígio de preguiça e negligência de nossas vidas.

“Mente vazia, Oficina do Diabo”

Você com certeza já ouviu essa expressão. Bem, essa afirmação é bem verdadeira. Podemos aprender nas escrituras que os povos que se tornaram malignos frequentemente eram preguiçosos.

Como na história de Néfi, que depois de fugir de Lamã e Lemuel, descobriu que a sua descendência tornou-se:

“[…]um povo preguiçoso, cheio de maldade e astúcia[…]” ( 2 Néfi 5:24 )

Nossa natureza divina não nos trouxe à Terra apenas para descansar. Temos mãos para criar, uma boca para proclamar boas novas, ouvidos para escutar coisas edificantes, olhos para aprender, pernas para caminhar e um corpo cheio de habilidades para glorificar nosso Pai Eterno.

Podemos ver claramente nesse trecho do hino “Neste Mundo

“Desperta e faz algo mais,
Não queiras somente sonhar
Pelo bem que fazemos a paz ganharemos
No céu que será nosso lar!”

Gostaria de ressaltar que, apesar dos desafios que buscar conhecimento possa trazer, é possível nos depararmos no futuro com dádivas surpreendentes. Permanecer inerte pode resultar na perda de oportunidades benéficas. Mesmo quando a tentação de não fazer nada nos ronda, é crucial lembrar que a estagnação vai contra nossa natureza ativa e é como um obstáculo a ser superado. Portanto, a ação é o caminho a seguir, iluminando nosso caminho e afastando as sombras.

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