Emocionalmente sobrecarregado na igreja? Confira essas 3 dicas
Nota do editor: Se você está passando por desafios relacionados com sua saúde mental e emocional, busque também ajuda profissional.Congregar e servir na Igreja é uma bênção.
Já tive oportunidades de servir em diversas áreas, desde líder de música da Primária, a não ter nenhuma responsabilidade de serviço a não ser o de cuidar das irmãs que ministro e de minhas próprias obrigações como filha de Deus. E em todos esses momentos, fui aperfeiçoada pelo Senhor.
Quanto aceitamos viver o Evangelho de Jesus Cristo, por muitas vezes ouvimos que estamos entrando em uma porta que leva a um caminho estreito e apertado, mas que apesar de difícil, nos leva ao nosso objetivo final que é estar com Deus.
Esse caminho é um processo de crescimento que sofre as mais diversas influências. Amigos e companhias que escolhemos, decisões pessoais, fatores externos e o serviço e adoração na Igreja.
As exigências do Evangelho de Jesus Cristo podem ser desafiadoras. E podem ter um preço sobre a nossa saúde mental.
“Não consigo viver tal mandamento”, “isso para mim é uma tentação” ou “tal chamado me consome, não sei se sou a melhor pessoa para fazer isso”, são pequenos exemplos de como cobramos um preço alto sobre as nossas responsabilidades como cristãos.
Tudo contribui para que aquele caminho se torne estreito e difícil de se percorrer. Contudo, os melhores equipamentos para nos guiar por ele é Jesus Cristo e Ele nos dá as ferramentas necessárias para que possamos cruzá-lo com sucesso.
As palavras de Alma ao povo de Gideão são o lembrete perfeito de que Ele nos conhece pessoalmente e vai nos ajudar:
“E ele seguirá, sofrendo dores e aflições e tentações de toda espécie; e isto para que se cumpra a palavra que diz que ele tomará sobre si as dores e as enfermidades de seu povo.
E tomará sobre si a morte, para soltar as ligaduras da morte que prendem o seu povo; e tomará sobre si as suas enfermidades, para que se lhe encham de misericórdia as entranhas, segundo a carne, para que saiba, segundo a carne, como socorrer seu povo, de acordo com suas enfermidades.”
Precisamos lembrar que o Senhor precisa de nós em Sua obra. Somos as Suas mãos aqui na terra e é nosso dever servir ao nosso próximo e nos ajudarmos mutuamente.
Fazer tudo ao nosso alcance
Quando nossa saúde mental é comprometida com as exigências do evangelho, devemos buscar a ajuda necessária que precisamos para sermos curados.
Em setembro de 2020 A Liahona publicou um artigo intitulado “Três passos para manter a saúde mental”.
O primeiro passo não subestimar o poder das coisas pequenas e simples:
“Não permita que sentimentos de inadequação ou incerteza o impeçam de fazer essas pequenas coisas espirituais com real intenção (ver Morôni 10:4). Se você acreditar ou se pelo menos tiver o desejo de acreditar (ver Alma 32:27) que esses hábitos espirituais podem lhe dar força, paz e esperança, isso ocorrerá.”
O segundo lembra que precisamos lembrar de cuidar de nós mesmo:
“A primeira coisa para cuidar de si mesmo é estar consciente das próprias necessidades e de quanto você pode dar aos outros. Identificar, entender e reconhecer as emoções que você está sentindo é importante para descobrir quais são suas necessidades.”
O terceiro passo nos pede que sejamos humildes e que peçamos ajuda:
“Não há dúvida de que é necessário ter coragem e humildade para admitir que necessitamos de ajuda. Mas o Pai Celestial muitas vezes nos abençoa por intermédio de outras pessoas ao permitirmos que elas nos ajudem. A verdadeira autossuficiência emocional começa conhecendo nossos limites e pedindo auxílio para preencher as lacunas.”
Se nosso serviço na Igreja está cobrando um preço alto em nossa saúde mental, podemos recorrer a esses passos.
E o mais importante, precisamos lembrar que tanto o Pai Celestial quanto Jesus Cristo querem nos ajudar. Nunca estamos sozinhos, nem mesmo quando pensamos estar.
Na conferência de outubro de 2021, o Élder Erich W. Kopischke compartilhou:
Para todos aqueles que são afetados individualmente por doenças emocionais, apeguem-se a seus convênios mesmo que não sejam capazes de sentir o amor de Deus neste momento. Façam tudo o que for possível e depois “[aguardem] (…) para ver a salvação de Deus e a revelação de seu braço”.
Podemos confiar que Ele pessoalmente nos guiará por nossos caminhos estreitos e apertados e no fim estará a nossa espera do outro lado.
Veja também:
Saúde mental: As palavras de nssos líderes sobre o assunto
Como permitir que a religião beneficie sua saúde mental
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